Duas cidades do Mato Grosso decretaram estado de calamidade pública por causa das chuvas. Assim como na cidade de Colniza, o prefeito de Aripuanã, Carlos Roberto Torremocha, também decretou estado de calamidade pública por conta das estradas bloqueadas. Em Colniza, a enxurrada derrubou parte da maior ponte de madeira da América Latina.
Esses municípios, além de Cotriguaçu, são os mais prejudicados pelos temporais. Nas áreas rurais, pontes foram derrubadas pela força da correnteza do Rio Branco. Em Colniza a comunidade do Guariba onde vivem sete mil pessoas também está isolada.
Segundo o prefeito de Aripuanã, a cidade está sem transporte escolar e várias pontes caíram, deixando comunidades inteiras isoladas.
A comunidade rural de Conselvan tem quase seis mil habitantes e está ilhada. O único transporte é o barco e os moradores estão sem energia elétrica no local.
- Hoje nós só temos uma estrada por onde chegam alimentos. Mas não tem como ir de carro nas comunidades. Estamos tentando levar mantimentos com ajuda de um barco. Esses locais não têm energia porque alguns postes caíram - revela o prefeito.
Como a maioria dos alunos da rede municipal é da área rural, as aulas já foram adiadas por mais 30 dias.
Em Colniza, parte da ponte mais importante da cidade foi levada pela correnteza do rio Aripuanã.
A ponte que tem 274 metros de comprimento teve cerca de 50 metros levados pela água.
- É a ponte mais importante que temos. É a única que faz a ligação com Aripuanã e que leva a vários outros distritos - afirma a prefeita Nelsi Capitani.
Segundo a prefeita, a ponte que foi construída em 2004 caiu no final da manhã desta quarta-feira. Ela ainda é considerada a maior ponte de madeira da América Latina.
A ponte fica a alguns quilômetros de Colniza na MT-206 e que leva a vários distritos, como por exemplo a comunidade Guariba, onde moram mais de sete mil pessoas que estão isoladas.
No dia 15 de fevereiro a prefeita de Colniza declarou situação de emergência em algumas áreas do município que foram afetadas pelas chuvas intensas. De acordo com o decreto, foi considerado que o aumento das chuvas desde dezembro do ano passado provocou a elevação do nível de diversos rios e córregos que cortam o município.