Fonte: Forças Armadas têm plano para agilizar ajuda em tragédias
26 de janeiro de 2011 • 17h39 • atualizado às 18h22
As Forças Armadas se preparam para montar ao menos três bases no País para agilizar o atendimento a vítimas de tragédias naturais como a que ocorreu há duas semanas na região serrana do Rio de Janeiro e que deixou mais de 800 pessoas mortas, além de milhares de desabrigados. Segundo uma alta fonte nas Forças Armadas, Marinha, Exército e Aeronáutica precisam melhorar a atuação na resposta a catástrofes.
As Forças Armadas se preparam para montar ao menos três bases no País para agilizar o atendimento a vítimas de tragédias naturais como a que ocorreu há duas semanas na região serrana do Rio de Janeiro e que deixou mais de 800 pessoas mortas, além de milhares de desabrigados. Segundo uma alta fonte nas Forças Armadas, Marinha, Exército e Aeronáutica precisam melhorar a atuação na resposta a catástrofes.
"Precisamos e queremos ser mais rápidos nessa atuação", disse a fonte militar, que pediu para não ser identificada. "Fizemos uma reavaliação da nossa atuação e vimos onde podemos avançar para sermos mais ágeis", afirmou.
Um ofício com o pedido para a criação dessas unidades de pronto atendimento a tragédias será encaminhado ainda esta semana ao Ministro da Defesa, Nelson Jobim, de acordo com a fonte. "A proposta será formalizada ao ministro e a ideia é termos isso disponível o mais rápido possível para nos prepararmos para outros episódios", disse.
A proposta é que as bases de atendimento emergencial sejam montadas nas regiões Sudeste, Sul e Nordeste, consideradas as mais sujeitas a fenômenos naturais. As unidades de pronto atendimento ficariam baseadas em unidades das Forças Armadas já existentes nessas regiões e teriam à disposição equipamentos, barracas, aeronaves, veículos e materiais usados normalmente no combate a tragédias naturais.
Recentemente, o Ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, defendeu uma atuação mais rápida das Forças Armadas após eventuais tragédias naturais. "Eu entendo que as Forças Armadas podem ter um papel de maior protagonismo na pronta resposta com pontes móveis, hospitais de campanha e equipamentos que possam ser disponibilizados num menor tempo e mitigar a dor e óbitos", disse o ministro na semana passada no Rio de Janeiro.
Ao menos 832 pessoas morreram na tragédia e ainda há mais de 500 desaparecidos, duas semanas depois do temporal que caiu na noite do dia 11 e devastou a região, afetando principalmente Teresópolis, Nova Friburgo e Petrópolis. Segundo a Defesa Civil do Estado, os desabrigados na região serrana chegam a 8.914, enquanto o total de desalojados é de 20.532.