quarta-feira, 28 de maio de 2014

6º Batalhão de Engenharia de Combate - Engineering and NBC Operations (Operações de Engenharia e Guerra Química, Biológica e Nuclear) em Porto Alegre, Rio Grande do Sul




(Ronaldo Bernardi/Agencia RBS)










Durante cerca de meia hora no começo da tarde desta quarta-feira, a Capitalvivenciou um ataque terrorista que, mesmo com cenário beirando a realidade, não passou de uma simulação. Organizado pelo Exército, por meio do Centro de Coordenação de Defesa de Área Porto Alegre, o treinamento para a Copa do Mundo mobilizou um contingente superior a 200 homens de mais de 14 órgãos — entre militares, policiais, bombeiros, médicos, enfermeiros e agentes da Defesa Civil.
O cenário armado simulou a localização de uma mochila ao lado do Ginásio do Gigantinho duas horas antes do início de uma partida do Mundial. De dentro do objeto, um dispositivo liberou agentes radioativos e químicos: cloreto de césio e dimetilamina. Trinta figurantes que se passaram por torcedores acabaram contaminados — sendo que três, com gravidade. 
A partir da identificação do componente exalado, a operação começou a ser armada como se fosse real. Somente em Porto Alegre, 200 homens do Exército estarão de prontidão para atuar em casos de possíveis ataques terroristas. Apesar de admitir que a possibilidade é pequena, o coordenador de Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear da Capital, coronel Miguel Ângelo Dziechciarz, diz que, caso ocorram ataques, a Capital estará pronta:
— Durante toda a nossa preparação, consideramos a utilização de algum agente químico, radioativo ou nuclear durante a Copa, mas julgo que a possibilidade é remota. Mostramos a parte reativa do evento, ou seja, depois que acontece o problema, mas existe uma sinergia de esforços muito grande antes de acontecer esse, que é o pior cenário.
Cada cidade-sede terá um grupo específico de Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear que atuará na vistoria e varredura de todos os locais diretamente envolvidos na realização do torneio — desde centros de treinamentos a aeroportos e estádios. A equipe integra uma das 10 diretrizes das Forças Armadas para o Mundial, com base na preparação vivenciada durante outros grandes eventos, como a Copa das Confederações e a Jornada Mundial da Juventude.